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Fontes renováveis vão gerar 25% da eletricidade mundial até 2018, diz AIE

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Dados foram divulgados pela Agência Internacional de Energia: China e outros países em desenvolvimento vão puxar alta.

Turbinas para energia eólica são vistas em Altamont Pass, na Califórnia, no dia 12 de maio (Foto: Noah Berger/AP)

A geração global de eletricidade a partir de fontes renováveis vai crescer 40% nos próximos cinco anos, superando a produção do gás natural, conforme a China e outros países em desenvolvimento expandem suas

capacidades para produção de energia limpa, segundo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) divulgado nesta quarta-feira (26).

Como o custo da geração de energia eólica, solar, hidrelétrica e de outras fontes caem, os projetos renováveis serão responsáveis por 25% da produção mundial de eletricidade até 2018, total maior que os 20% registrados em 2011, segundo o relatório.

As usinas renováveis vão superar os projetos de geração com gás natural e sua participação será duas vezes maior que a fatia ocupada pela energia nuclear até 2016, segundo a AIE.

Os países em desenvolvimento fora da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) devem ser responsáveis por dois terços do aumento global, com África e Ásia mostrando alguns dos maiores ganhos.

A China, com apoio do governo e acesso a capital barato, deve ampliar sua capacidade de energia renovável em 750 terawatts/hora (TWh) entre 2012 e 2018. Os Estados Unidos, com 150 TWh; Brasil, com 130 TWh; Índia, com 95 TWh; e Alemanha, com 70 TWh devem mostrar grandes aumentos de capacidade

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Energia solar e eólica são alternativas sustentáveis para a geração de energia

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Mercado baiano tem potencial de expansão para as energias renováveis

Nossa visão de energia limpa e sustentavel

O desequilíbrio ambiental ocasionado pelo esgotamento e pelo uso irracional dos recursos naturais tem levado alguns setores a investir em fontes alternativas na geração de energia elétrica, por conta do déficit em recursos hídricos, ocasionado pela falta de chuvas. As usinas hidrelétricas são as grandes geradoras de energia no Brasil, e a água das chuvas já não atende à grande demanda no setor. Nesse contexto, as energias eólica e solar despontam como economicamente viáveis para compor o fornecimento de energia do país, e, portanto, aliadas à economia de água na geração de energia elétrica e proteção ao meio ambiente.

A China e os Estados Unidos lideram o ranking na geração de energias renováveis e, no Brasil, a Bahia é um dos Estados com o maior polo de investimentos neste quesito, que tem como principais vantagens a não emissão de gases poluentes e a diminuição de resíduos, além de serem fundamentais em locais com pouca chuva, onde a escassez de água gera dificuldades no abastecimento das usinas hidrelétricas.

Uma das mais promissoras fontes naturais de energia é a eólica, que consiste na energia cinética gerada pelo vento, uma fonte limpa, renovável e eficaz. A Bahia tem atraído investimentos no setor, e já é considerado o maior parque eólico das Américas. Por conta disso, algumas empresas estão ampliando e instalando fábricas no Estado. Em março, foi confirmada a parceria de R$ 2,7 bilhões entre a Renova Energia, empresa situada na Bahia, e a Alstom, que vai proporcionar a ampliação do parque eólico baiano. Até 2014, serão investidos R$ 6,5 bilhões neste setor, gerando cinco mil empregos na implantação do parque e 500 na operação dos projetos.

Ney Maron, diretor de Meio Ambiente da Renova Energia, acredita que o investimento em energias renováveis atende a uma demanda da sociedade atual e é um fator de sobrevivência do planeta, que precisa reduzir o consumo de combustível fóssil, seja por razões econômicas ou pela necessidade de proteger o meio ambiente. Ele conta que uma das principais vantagens está na implantação e na operação dos parques eólicos. “A implantação é considerada de baixo impacto ambiental e social, por vários motivos, dentre eles a não interferência em nenhum curso d’água, pouca ou nenhuma supressão de vegetação e o pouco deslocamento de pessoas”.

A energia fotovoltaica é outra opção no que se refere a energias renováveis, e, nesse caso, a mesma converte a energia solar em energia elétrica limpa e com baixo custo de manutenção, podendo ser instalada em obras em andamento ou construções já finalizadas, através de painéis geralmente montados em telhados ou no chão. O diretor da EcoPlanet Energy, empresa brasileira com dirigentes estrangeiros atua na área e tem uma filial na Bahia, conta que “para o meio ambiente as fontes de energia renovável, principalmente a solar e a eólica, são extremamente importantes, pois há redução de poluição do ar e abatimento do aquecimento global”.

Os investimentos neste tipo de energia ainda estão em expansão na Bahia, e as condições climáticas maximizam as possibilidades de suas utilizações. “Desde 2012, o mercado vem aumentando e absorvendo melhor essa ideia, além de outras opções de energias renováveis. Os altos índices de radiação solar geram um grande potencial de expansão e consolidação da energia solar e eólica”, conta o diretor.

EcoPlanet Energy pontua que “o Nordeste está passando por uma das piores secas, que entre as muitas consequências está a escassez de água para gerar eletricidade. As demais fontes regenerativas poderiam e deveriam assumir um papel mais forte na nossa matriz energética. A tecnologia está madura, o mundo todo usa a energia solar, faltam apenas maiores investimentos para que elas passem a ter um papel mais amplo na geração de energia”. Os investimentos são essenciais e podem gerar fortes resultados no desenvolvimento social e econômico, especialmente em áreas do semiárido nordestino, com a ampliação da indústria nacional, oportunidades de emprego, a redução da pobreza, o aumento da segurança energética e a diminuição do risco de apagões.

 

 

Inaugurada primeira fábrica de energia eólica na Bahia

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A primeira fábrica de torres eólicas da Bahia foi inaugurada no mês passado, no Polo Industrial de Camaçari, na região Metropolitana de Salvador (RMS), com a presença do governador Jaques Wagner.

Com faturamento anual previsto de R$ 120 milhões e capacidade para gerar 235 empregos diretos e 55 indiretos, a unidade da Torrebras – Torres Eólicas do Brasil Ltda., empresa do Grupo Daniel Alonso, da Espanha, representou investimento aproximado de R$ 21 milhões. Instalada na BA-512, a unidade vai fabricar torres metálicas para turbinas eólicas. Segundo o governador, a consolidação da cadeia produtiva de energia eólica possibilita à Bahia ampliar o potencial de produção, que hoje representa aproximadamente 11% do mercado nacional, e alcançar a liderança no país. “A chegada da Torrebras é mais uma etapa desta cadeia produtiva, que se fecha no sentido de ter os parques e os fornecedores de componentes.”

Expansão – Com toda a produção de 2013 e 2014 negociada, a partir do terceiro ano de operação, a Torrebras projeta duplicar a fabricação de 220 torres eólicas anuais. A previsão é expandir a planta, já a partir do segundo semestre deste ano, e produzir entre 400 e 450 torres por ano. “Queremos dominar 40% da demanda do mercado”, afirma o diretor-geral da Torrebras, Álvaro Carrascosa.

O protocolo de intenções com o governo estadual, para a instalação da fábrica em Camaçari, foi assinado em 2011. Segundo informações do grupo empresarial, que também dispõe de unidades na Espanha e na Índia, a escolha da Bahia se deve ao cenário positivo no setor industrial do estado e à cadeia produtiva do segmento baiano, que aumenta a competitividade por conta da logística em relação aos outros componentes dos parques eólicos.

Além da Torrebras, o Grupo Daniel Alonso é integrado por outras três empresas com atuação no processamento de chapas metálicas para produção das torres, tratamento de lixo e investimento para a implantação de projetos eólicos.

Potencial baiano atrai investimentos para o setor 

O potencial da Bahia para o aproveitamento do vento na geração de energia é responsável pela atração de investimentos nessa área, consolidando o estado como polo de fabricação de equipamentos que compõem as torres eólicas. Até o próximo ano, o estado terá R$ 6,5 bilhões em investimentos no setor, gerando cinco mil empregos na implantação e 500, na fase de operação.

Fabricantes como a francesa Alston (aerogeradores) e as espanholas Gamesa (aerogeradores) e Acciona (cubos eólicos) se instalaram em Camaçari. Outra planta industrial, que começa a operar em 2014, é a da Tecsis, a qual produzirá pás e acessórios para os parques eólicos.

Fonte: SUDIC - Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial

Energia solar projetada começa a atrair empresas

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Especialistas desenvolveram uma solução com painéis fotovoltáicos, que captam a luz solar e convertem a mesma em eletricidade no estado de Amazonas.

A Schneider Electric, especialista global em gestão de energia, começa a atrair empresas interessadas em levar energia elétrica para áreas isoladas ou sem conexão com a rede convencional de energia elétrica, a partir de um projeto bem sucedido realizado no Amazonas.

Em 2012, a empresa, em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Serviço Nacional da Indústria (Senai), Conin e Secretaria Estadual do Desenvolvimento Sustentável (SDS), escolheu duas comunidades que representam 90% da realidade Amazônica no acesso à energia elétrica, para um projeto-piloto denominado Villa Smart.

Especialistas da Schneider Electric desenvolveram uma solução com painéis fotovoltáicos, que captam a luz solar e convertem a mesma em eletricidade. O excesso é estocado em baterias e usado em períodos de chuva. As comunidades também usam os geradores a diesel que foram redimensionados para funcionar como backup em longos períodos de chuva. Isso reduziu o consumo de combustível em até 80%.

A iniciativa piloto provou que é possível reduzir o consumo de óleo diesel, fonte comum de energia na região, aumentando em até seis vezes a disponibilidade da energia elétrica. A população passou a contar com energia elétrica 24 horas por dia, a economia das comunidades foi impulsionada e deixaram de ser emitidas mensalmente 1.3 toneladas de CO2 em cada vila, considerando somente o consumo de óleo diesel para a geração de energia elétrica.

A Schneider Electric também implantou uma outra tecnologia exclusiva sua, a WebEnergy, que gerencia a energia através de medição, monitoramento, controle e otimização de custos. Esse mesmo trabalho é hoje realizado para milhares de clientes de diferentes perfis que operam no País, representando 5% da energia consumida no Brasil.

Além de controlar o consumo remotamente pela Internet e medir a qualidade da energia disponível, a WebEnergy gera informações que permitem aos especialistas da Schneider Electric entender o comportamento de consumo e propor iniciativas de eficiência energética constantemente. E isso também acontece com o projeto-piloto instalado nas comunidades do Amazonas, que será monitorado em tempo real durante o Xperience Efficiency, evento promovido pela Schneider Electric em São Paulo e em outras sete cidades do mundo simultaneamente. O objetivo é entender o comportamento e propor melhorias constantes.

 

Balotelli investe em energia solar na Bahia para ajudar jovens

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Sem aparecer, atacante italiano cria projeto que visa dar uma profissão a jovens de comunidades carentes de Salvador e Itabuna

A fama e o dinheiro não trouxeram apenas polêmicas à vida de Mario Balotelli. Padrinho de um projeto social que cuida de crianças carentes na periferia de Salvador, o atacante da seleção italiana é agora também proprietário de uma empresa de energia solar na Bahia.
O empreendimento tem como base ensinar uma profissão aos adolescentes de áreas menos favorecidas na capital do estado e em Itabuna. Eles são encaminhados a cursos de eletricistas e montadores de painéis solares. Depois, são contratados pelo empreendimento do Super Mario.

- Ele quer que os meninos aprendam. Por isso, constituiu essa empresa de energia solar. Estamos pegando os jovens que não conseguem emprego e colocando para aprender uma nova profissão – explicou o coordenador do projeto Mata Escura Rumo Novo, apadrinhado por Balotelli.

Balotelli conversa com Márcio durante treino da Itália em Salvador (Foto: Carlos Ferrari)

O jogador, porém, não gosta de falar sobre o assunto, segundo a assessoria de imprensa da seleção italiana. O atacante é avesso às entrevistas e só as concede quando acaba sendo obrigado, como aconteceu ao ser escolhido o melhor em campo na vitória por 2 a 1 sobre o México, domingo passado, no Maracanã, pela estreia na Copa das Confederações.

Apesar de viver em colunas sociais e em notícias sobre a vida fora dos gramados, o camisa 9 da Azzurra prefere se manter anônimo no auxílio às crianças. O irmão dele, Giovanni, ficou responsável por atender às necessidades da comunidade.

A ligação de Balotelli com o Brasil é antiga. Escoteiro na adolescência, o jogador visitou o país em 2005 e conheceu o projeto Mata Escura Rumo Novo. A partir de 2008, começando a ser famoso, passou a colaborar com o grupo.

Segundo o coordenador, o jogador não injeta dinheiro e colabora apenas com vídeos em que passa suas experiências de vidas às crianças, algumas delas abandonadas.
Os próximos conselhos, aliás, poderão ser transmitidos ao vivo. A expectativa é de que o ele faça uma visita ao projeto durante a passagem da Itália por Salvador.

 Por Carlos Augusto Ferrari Salvador