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Energia solar e eólica são alternativas sustentáveis para a geração de energia

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Mercado baiano tem potencial de expansão para as energias renováveis

Nossa visão de energia limpa e sustentavel

O desequilíbrio ambiental ocasionado pelo esgotamento e pelo uso irracional dos recursos naturais tem levado alguns setores a investir em fontes alternativas na geração de energia elétrica, por conta do déficit em recursos hídricos, ocasionado pela falta de chuvas. As usinas hidrelétricas são as grandes geradoras de energia no Brasil, e a água das chuvas já não atende à grande demanda no setor. Nesse contexto, as energias eólica e solar despontam como economicamente viáveis para compor o fornecimento de energia do país, e, portanto, aliadas à economia de água na geração de energia elétrica e proteção ao meio ambiente.

A China e os Estados Unidos lideram o ranking na geração de energias renováveis e, no Brasil, a Bahia é um dos Estados com o maior polo de investimentos neste quesito, que tem como principais vantagens a não emissão de gases poluentes e a diminuição de resíduos, além de serem fundamentais em locais com pouca chuva, onde a escassez de água gera dificuldades no abastecimento das usinas hidrelétricas.

Uma das mais promissoras fontes naturais de energia é a eólica, que consiste na energia cinética gerada pelo vento, uma fonte limpa, renovável e eficaz. A Bahia tem atraído investimentos no setor, e já é considerado o maior parque eólico das Américas. Por conta disso, algumas empresas estão ampliando e instalando fábricas no Estado. Em março, foi confirmada a parceria de R$ 2,7 bilhões entre a Renova Energia, empresa situada na Bahia, e a Alstom, que vai proporcionar a ampliação do parque eólico baiano. Até 2014, serão investidos R$ 6,5 bilhões neste setor, gerando cinco mil empregos na implantação do parque e 500 na operação dos projetos.

Ney Maron, diretor de Meio Ambiente da Renova Energia, acredita que o investimento em energias renováveis atende a uma demanda da sociedade atual e é um fator de sobrevivência do planeta, que precisa reduzir o consumo de combustível fóssil, seja por razões econômicas ou pela necessidade de proteger o meio ambiente. Ele conta que uma das principais vantagens está na implantação e na operação dos parques eólicos. “A implantação é considerada de baixo impacto ambiental e social, por vários motivos, dentre eles a não interferência em nenhum curso d’água, pouca ou nenhuma supressão de vegetação e o pouco deslocamento de pessoas”.

A energia fotovoltaica é outra opção no que se refere a energias renováveis, e, nesse caso, a mesma converte a energia solar em energia elétrica limpa e com baixo custo de manutenção, podendo ser instalada em obras em andamento ou construções já finalizadas, através de painéis geralmente montados em telhados ou no chão. O diretor da EcoPlanet Energy, empresa brasileira com dirigentes estrangeiros atua na área e tem uma filial na Bahia, conta que “para o meio ambiente as fontes de energia renovável, principalmente a solar e a eólica, são extremamente importantes, pois há redução de poluição do ar e abatimento do aquecimento global”.

Os investimentos neste tipo de energia ainda estão em expansão na Bahia, e as condições climáticas maximizam as possibilidades de suas utilizações. “Desde 2012, o mercado vem aumentando e absorvendo melhor essa ideia, além de outras opções de energias renováveis. Os altos índices de radiação solar geram um grande potencial de expansão e consolidação da energia solar e eólica”, conta o diretor.

EcoPlanet Energy pontua que “o Nordeste está passando por uma das piores secas, que entre as muitas consequências está a escassez de água para gerar eletricidade. As demais fontes regenerativas poderiam e deveriam assumir um papel mais forte na nossa matriz energética. A tecnologia está madura, o mundo todo usa a energia solar, faltam apenas maiores investimentos para que elas passem a ter um papel mais amplo na geração de energia”. Os investimentos são essenciais e podem gerar fortes resultados no desenvolvimento social e econômico, especialmente em áreas do semiárido nordestino, com a ampliação da indústria nacional, oportunidades de emprego, a redução da pobreza, o aumento da segurança energética e a diminuição do risco de apagões.

 

 

Bons ventos para as energias alternativas

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Bons ventos para as energias alternativas

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) acaba de divulgar que, em janeiro, o consumo de energia elétrica na rede alcançou 38.311 Gwh, representando um aumento de 5,4%. Em outra vertente, o Plano Decenal de Energia (PDE) 2021 prevê o acréscimo que 7,99 mil MW de capacidade instalada ao ano na próxima década no País, significando um incremento anual de 4,8% de energia no sistema. As principais fontes para o cumprimento desse plano de expansão são o gás natural, a eólica e a hidráulica.

Verifica-se, neste cenário, que as energias alternativas estão em destaque. “Passamos a contemplar as fontes alternativas. O Brasil tem o privilégio de abundância das fontes primárias. O País é o maior laboratório do mundo em matéria de energia”, afirma o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura Filho, durante o Fórum de Debates de Energias Alternativas ao Sistema Elétrico Brasileiro, realizado nesta terça (26).

Segundo o secretário, a fonte hidráulica, mesmo sendo a predominante, respondendo por cerca de 45% da expansão do período, diminuirá sua participação de 81,6% da matriz de geração de eletricidade para 70,9%, abrindo espaço para as demais fontes.

De acordo com Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GESEL/UFRJ), o sistema elétrico brasileiro está perdendo a capacidade de suprir a demanda no período de seca, que vai de abril a outubro. Há 20 anos, no sistema hídrico, as águas dos reservatórios atendiam a demanda durante dois anos. De hoje a 2020 a previsão é que estes reservatórios consigam atender a demanda para apenas três meses e meio.

Além disso, a política ambiental está impedindo a construção de hidrelétricas de reservatórios. “Esta imposição está equivocada. Se não usarmos hidrelétrica, teremos que usar termoelétrica de alguma maneira, e essa tem um grau de poluição superior a uma hidrelétrica”, explica Nivalde.

Como conseqüência, está em curso um processo de mudança no paradigma da geração do Sistema Elétrico Brasileiro, que ruma em direção a um padrão de renováveis e térmicas. O presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, destaca a necessidade de recomposição da capacidade de regularização do Sistema Interligado Nacional (SIN), com a construção de usinas com reservatórios em relação à complementaridade térmica e a necessidade de agregação de fontes alternativas, preferencialmente como reserva.

Atualmente, o Brasil possui 2,5 GW de usinas eólicas instaladas, e conta com outros 78 parques em construção. Segundo o PDE, a energia eólica em termos percentuais aumentará de 0,5% para 5% do volume total no País, representando o maior crescimento dentre as fontes. A presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo, esclarece que o conceito econômico de alternativo e por tudo que se está discutindo do setor, “a idéia é de uma energia substituindo a outra”.

De acordo com a presidente, este termo talvez deva ser modificado de fontes alternativas para fontes complementares. “Quando tem chuva não tem vento e vice versa.”, explica.

Considerada a segunda fonte mais importante do País, a eólica é nova no mundo, com um pouco mais de 20 anos em termos comerciais, com isso, a possibilidade de ganhos tecnológicos em sua trajetória ainda é muito grande. Em 2012 as usinas eólicas, que estão efetivamente em operação no Brasil produziram 560MW médios por mês de energia. Se a mesma fosse produzida pela geração térmica, a economia seria o equivalente a R$1 bilhão em gastos com compra de combustível.

O Brasil tem uma condição favorável para este tipo de energia. O fator de capacidade é na ordem de 45%, enquanto o mundo trabalha com 30%, e isso reduz muito o custo de produção. “Mas a eólica não é a salvação da humanidade. A salvação é uma matriz diversificada”, explica a presidente da Abeeólica.

Publicado por Joiris Manoela Dachery (Revista Empreiteiro)