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Custo da energia aumenta e indústrias ameaçam fechar

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Valor de tarifa para empresas médias chegou a aumentar até 70% fora dos horários de pico

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Propalada com pompa aos quatro cantos pelo governo federal desde o início deste ano, a redução das tarifas de energia elétrica simplesmente não chegou a alguns setores da indústria mineira. Pior que isso: houve reajuste para o consumo em larga escala em alguns horários. Há casos de aumentos de até 70% no valor cobrado pelo quilowatt/hora (kW/h).

Na ponta do lápis, o empresariado já faz as contas do incremento de custos. Alguns industriais já pensam até em fechar as portas e transferir a produção para outros países.
A Resolução 1507 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de 5 de abril deste ano, determinou à Cemig reajustes que variam entre 53% e 70% para os consumidores que usam tensão entre 2,3 quilovolts (kV) e 25 kV. Embora tenha havido descontos para a demanda (uma espécie de franquia acertada entre empresas e Cemig) e consumo no horário de ponta – três horas de pico –, os reajustes autorizados foram para o consumo nos demais horários do dia.

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Victor Purri do POMAR BRASIL DEMITIU QUASE TODO SEU QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

“Esse reajuste mexe com a nossa produção. Não dá simplesmente para mudarmos horários de produção sem sequer fazer um planejamento e remanejar nossos sistemas. Isso é absurdo”, reclama Victor José Bicalho Purri, diretor superintendente da Pomar Brasil Agroindustrial, empresa sediada em Jaíba, no Norte de Minas, e que atua no processamento de polpa de frutas tropicais.

A indústria têxtil também sente reflexos do aumento de custos causados pelo reajuste. O diretor geral da Sinterama no Brasil, Marco Mascetti, afirma que o reajuste médio de suas tarifas fora de ponta –, considerando-se o perfil de uso de energia pela empresa, foi de 60%. De cerca de R$ 0,10 por kW/h, a empresa passou a pagar R$ 0,16. “Isso está me dando um aumento de custos da ordem de 33%. Hoje, temos a concorrência dos tecidos chineses chegando baratos. Aumentam nossa energia e nos deixam na mão. Como o Brasil quer ser competitivo?”, questiona Mascetti.

REAÇÃO:

Embora ainda estejam aguardando uma solução, os executivos ouvidos já começam a cogitar medidas para que as empresas passem incólumes ao reajuste. “Ainda é cedo, mas um aumento de 60% nos custos médios que temos não pode ser absorvido. Podemos reduzir a produção, o que pode gerar redução de pessoal ou diminuir, e muito, a margem de lucro da empresa. Com isso, pararíamos de investir”, diz Victor Purri.

Marco Mascetti pensa em alternativas mais drásticas. Multinacional, a Sinterama – que tem uma planta no México – pode até mesmo fechar a fábrica no Brasil. “É uma possibilidade. Não queremos, mas não podemos arcar com esses custos altos”, avalia.

A ANEEL confirmou a resolução que gerou o aumento na tarifa de alguns setores da indústria mineira. A Cemig, por sua vez, afirmou que cumpriu a resolução.
A companhia também informou que os reajustes das tarifas fora de ponta foram causados pelo período seco prolongado, quando algumas termelétricas foram ligadas. A empresa vai tentar uma solução. “Vamos procurar esses clientes. Não queremos que eles gastem apenas por gastar”, diz Mauro Marinho, gerente de gestão e controle do faturamento da Cemig.

O que você pretende de fazer com os aumentes dos custos de energia?

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) criou em abril 2012 a resolução normativa (482/2012) para facilitar a conexão à rede de distribuição de mini e microusinas de geração elétrica a partir de fontes renováveis. Além de estabelecer os procedimentos gerais para a conexão à rede de mini e microgeradores, a resolução propõe a criação de um sistema de compensação de energia, conhecido internacionalmente como net metering. Com ele, o proprietário de uma pequena usina não precisa consumir toda a energia produzida no momento da geração, uma vez que ela poderá ser injetada na rede e, nos meses seguintes, o consumidor receberá créditos em kWh na conta de luz referentes a esta eletricidade gerada mas não consumida.

Entre em contato com a EcoPlanet Energy: (71) 2626.3005 ou sac@ecoplanetenergy.com e descobrir como você pode reduzir seus custos de energia e contribuir a preservação do meio ambiente.