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ENERGIA SOLAR FAZ EMPRESÁRIO DIMINUIR CONTA DE LUZ DE R$ 4 MIL PARA R$ 80
Proprietário de um posto de combustível instalou painéis solares no telhado e calcula que, em menos de oito anos, conseguirá recuperar valor investido.
Apesar de a tecnologia permitir o aproveitamento da luz do sol para gerar energia solar, oferecendo uma possibilidade de economia e de preservação do meio ambiente, os equipamentos não são populares porque ainda são caros. Mas isso não foi um obstáculo para um empresário do Recife que fez as contas e percebeu que, em oito anos, conseguirá pagar o investimento e, praticamente, não se preocupar mais com conta de luz. [Veja vídeo acima]
Fábio Lucena, dono de um posto de combustíveis na Avenida Norte, não pensou no valor do investimento, mas sim na economia de energia a longo prazo. A conta de luz do estabelecimento apenas não era mais cara do que a folha de pagamento dos funcionários: passava dos R$ 4 mil. Atualmente, após a instalação de painéis solares no telhado, a conta não chega a R$ 80.
Com a economia na conta de energia, o empresário conseguiu investir no posto. Além de ter ampliado o número de funcionários de 9 para 19 profissionais, aumentou o horário de funcionamento. Antes, o estabelecimento não abria aos domingos e fechava sempre às 22h. Agora funciona durante 24 horas, todos os dias da semana.
“Ainda vamos começar a pagar o financiamento, que tem carência de seis meses, e a parcela média vai dar R$ 4 mil por mês durante oito anos somente. O que eu gastava de energia já não gasto mais, pois meu projeto sobra energia. E utilizo na ampliação dos negócios do posto”, explica o empresário Fábio Lucena.
Instalação em casa
Em uma casa, o sistema de energia solar precisa, basicamente de um medidor especial, que garante que nada queime, deixando a energia solar em 220 volts, controlando a carga e evitando curtos-circuitos. Essa estrutura é vendida pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), mas apenas um profissional com um curso na área pode instalar esse sistema.
Os preços variam entre R$ 8 mil e R$ 10 mil para instalar em uma casa de 200 metros quadrados. “A Celpe supervisiona a instalação em relação à qualidade do medidor instalado. Com toda a instalação estando de acordo com as normas vigentes, a Celpe aprova, e a pessoa já começa a fornecer. Não é possível gerar sem o consentimento da Celpe”, orienta o professor Marcos André de Almeida.
Fonte: Reprodução/TV Globo – g1.globo.com
Em oito anos, mais de 1 milhão de brasileiros devem gerar sua própria energia
Sistema de geração distribuída permite instalar geradores de fontes renováveis e trocar energia com a distribuidora local, com objetivo de reduzir o valor da conta de luz.
Você já pensou em gerar a sua própria energia elétrica em casa? Pois essa possibilidade já existe e deve ser cada vez mais comum no país. Segundo estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até 2024 cerca de 1,2 milhão de residências no Brasil vão contar com energia produzida pelo sistema de geração distribuída, que permite que o consumidor instale pequenos geradores de fontes renováveis, como painéis solares e microturbinas eólicas, e troque energia com a distribuidora local, com objetivo de reduzir o valor da conta de luz.
O diretor da Aneel Tiago Correia já instalou oito placas de geração de energia solar em sua casa, o que vai atender ao consumo total da residência a partir do mês que vem. Para ele, além da vantagem de usar apenas fontes renováveis, um dos benefícios da geração distribuída é a redução de investimentos em redes de distribuição de energia. “Ela traz a geração para próximo do consumo”, afirma.
No inicio de março 2016, começaram a valer as novas regras aprovadas pela Aneel para a geração distribuída no país, que devem aumentar a procura pelo sistema. Uma das novidades é a possibilidade de geração compartilhada, ou seja, um grupo de pessoas pode se unir em um consórcio ou em cooperativa, instalar uma micro ou minigeração distribuída e utilizar a energia gerada para reduzir as faturas dos consorciados ou cooperados.
Quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à energia consumida, o cliente fica com créditos que podem ser utilizados para diminuir a fatura dos meses seguintes. De acordo com as novas regras, o prazo de validade dos créditos passou de 36 para 60 meses.
Crescimento:
Entre 2014 e 2016, as adesões ao modelo de geração distribuída quadruplicaram no país, passando de 424 conexões para 1.930 conexões. Para este ano, o crescimento pode ser de até 800%, segundo a Aneel. “O potencial de crescimento é muito grande, e a taxa de crescimento tem sido exponencial, até porque a base ainda é baixa”, afirma Correia. Atualmente, cerca de 90% das instalações de geração distribuída no país correspondem a painéis solares fotovoltaicos.
Para o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, as novas regras aprovadas pela Aneel vão ajudar a fomentar o uso da geração distribuída no país. “A revisão das normas vai possibilitar ampliação expressiva da participação da população brasileira na geração distribuída. O Brasil acabou de se posicionar como uma referência internacional, na vanguarda na área de incentivo ao uso da energia de geração distribuída, em especial a geração solar”, lembra.
Custos:
O investimento em um sistema de geração de energia distribuída ainda é alto no Brasil, por causa do custo dos equipamentos, mas o retorno poderá ser sentido pelos consumidores entre cinco e sete anos, segundo o diretor da Aneel. “Se você pensar como um investidor, que tem um dinheiro disponível e gostaria de aplicar, traria um rendimento muito melhor do que qualquer aplicação financeira disponível hoje”, diz Tiago Correia.
Já o responsável pela área de geração distribuída da empresa Prátil, Rafael Coelho, estima que uma residência consiga obter o retorno do investimento a partir de quatro anos, dependendo da radiação do local e do custo da tarifa. Para ele, o investimento vale a pena, especialmente porque o consumidor evita oscilações na tarifa de energia.
“Quando você faz o investimento em um sistema desses, é o equivalente a você comprar um bloco de energia antecipado, um estoque de energia, que poderá usar por 25 anos sem se preocupar se o valor da energia vai subir ou vai descer”, diz Coelho. Segundo ele, o aumento da procura por equipamentos vai fazer com que o custo da instalação tenha uma redução nos próximos anos. “Como qualquer indústria, ela precisa de escala para poder reduzir o custo unitário. Então, com o crescimento do setor, essa escala deve vir e consequentemente o custo para o cliente deve abaixar também”.
Para a Absolar, o principal gargalo para o avanço do setor de geração distribuída no país é a questão tributária, especialmente nos 12 estados que ainda não eliminaram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS sobre a energia da microgeração. Em nível federal, o governo já fez a desoneração do PIS-Pasep e da Cofins sobre o sistema. Em relação ao financiamento, a entidade espera que o governo mobilize os bancos públicos para a oferta de crédito com condições especiais para pessoas e empresas interessadas em investir em mini e microgeração distribuída.
Fontes: Globo (Epoca negócios) e Ambiente Brasil Notícias
http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2016/03/07/123646-em-8-anos-mais-de-1-milhao-de-brasileiros-devem-gerar-sua-propria-energia.html