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Salto no número de brasileiros que geram sua própria energia

Aposta no futuro. O ex-jogador e comentarista de futebol Juninho Pernambucano instalou painéis para gerar energia quando construiu sua casa na Barra - Fernando Lemos / O Globo

Com fim da dupla tributação, até personalidades como Cleo Pires e Juninho Pernambucano aderem à microgeração

Aposta no futuro. O ex-jogador e comentarista de futebol Juninho Pernambucano instalou painéis para gerar energia quando construiu sua casa na Barra - Fernando Lemos / O Globo

Aposta no futuro. O ex-jogador e comentarista de futebol Juninho Pernambucano instalou painéis para gerar energia quando construiu sua casa na Barra – Fernando Lemos / O Globo

BRASÍLIA — A atriz Cleo Pires, o comentarista de futebol Juninho Pernambucano, a Paróquia São José da Lagoa, uma rede de drogarias e a Universidade Federal de Itajubá (MG) são alguns dos milhares de agentes de uma revolução energética que começa a ser vista do alto das cidades brasileiras, com a disparada da instalação de placas solares para geração de eletricidade. Com a queda de barreiras normativas e tributárias dos últimos meses, está em crescimento exponencial o número de lares e empresas que trazem diretamente do céu a energia usada em suas casas e que a compartilham no sistema elétrico.

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) obtidos com exclusividade pelo GLOBO, o número de mini e microgeradores saltou de mil há um ano para 5.040 em agosto. O total de unidades instaladas já gera até 48 megawatts (MW), o suficiente para atender a um município do porte de Macaé, por exemplo. A projeção da própria agência é que esse seja apenas o início de uma escalada que, no cenário mais otimista, poderá, em 2024, envolver 1,23 milhão de consumidores e gerar 4,5 mil MW (mais do que a potência das hidrelétricas de Jirau ou São Antônio, no Rio Madeira).

NO RIO, 543 MICROGERADORES

Quatro em cada cinco unidades consumidoras gerando energia hoje são residências. A maioria delas está nas regiões Sul e Sudeste, e 98% usam energia solar. Light e Ampla, que atuam no Rio, estão entre as sete distribuidoras com mais conexões desse tipo, segundo a Aneel. No total, são 543 microgeradores só no Rio — atrás apenas de Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais.

Essa solução não só é sustentável — por gerar energia limpa — como rentável a longo prazo, uma vez que reduz o consumo de energia mensal junto às distribuidoras, explica Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira da Energia Solar (Absolar).

A sustentabilidade foi a principal motivação de Juninho Pernambucano ao adotar o sistema fotovoltaico para gerar até 4,9 quilowatts (kW) de energia no pico, quando construiu sua casa na Barra da Tijuca.

— Morei dez anos fora do Brasil, na França e no Qatar, onde aprendi coisas que não se aprende na escola sobre preservar a natureza, e isso abriu a minha cabeça. Essas coisas começam com quem tem mais condição, que é o meu caso. Acho que é por aí, sinto-me na obrigação — disse o ex-jogador de futebol.

A questão ambiental também foi a principal motivação de Cleo Pires, que adotou o sistema em uma casa em Petrópolis no ano passado.

— A ideia foi minha. Sou superligada em tecnologia e formas de causar menos impacto destrutivo e negativo no meio ambiente — contou a atriz.

Ajudou na expansão do sistema, também, um acordo entre as secretarias de Fazenda, que já levou 20 estados brasileiros e o Distrito Federal a isentarem de ICMS a energia gerada nas unidades consumidoras, o que evita a dupla tributação e torna o sistema viável.

Segundo Arilds Martins Gomes, sócio-proprietário da Infra Energia Solar, que instala sistemas de geração solar no Rio, o aumento do custo da energia elétrica também colaborou com a maior procura nos últimos meses. Outro indicador relevante é o câmbio, uma vez que as placas solares vêm da China, e outros equipamentos necessários, como inversores, da Europa.

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— Há alguma dificuldade para uma residência que paga R$ 400 na conta de luz fazer um investimento de R$ 30 mil. Mas, para quem gasta mais do que isso, a conta começa a fechar — disse Gomes.

RETORNO A LONGO PRAZO

Por esse motivo, o investimento atraiu também empresas — principalmente depois de a Aneel autorizar, neste ano, que a geração em um local poderia ser compensada em outra unidade da mesma companhia. A rede RaiaDrogasil investiu R$ 1,5 milhão em placas solares instaladas nos tetos de farmácias, para atender a 50% do consumo total de 11 unidades em Minas Gerais. O valor do investimento sobe conforme o consumo, mas, na mesma proporção, fica mais próximo o horizonte de tempo no qual ele traz retorno financeiro — o que ocorre a partir de cinco anos, mas pode chegar a mais de 15. A RaiaDrogasil prevê que essa compensação chegará em dez anos.

Carlos Mattar, superintendente de distribuição da Aneel, observa que os custos iniciais tendem a cair com a massificação do uso do sistema. Quem instala placas solares e passa a trocar energia com a rede acaba pagando até 80% menos na sua conta de luz — já que há custos fixos, como o de disponibilidade da rede. Dessa redução vem a recuperação do investimento a longo prazo.

Para o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, a expansão da chamada geração distribuída implica apenas benefícios, entre os quais destaca: socioambientais, com geração de energia limpa e menos emissões; para o sistema elétrico, porque descentraliza a geração e leva-a para o local de consumo, poupando o uso de fios; evita a necessidade de construção de novas usinas; e educa o consumidor quanto aos seus gastos, por exigir um acompanhamento maior das contas.

— Por isso, ajudaria se houvesse um programa de governo, com uma linha de crédito específica — disse Rufino.

Atualmente, existe apenas a linha FNE Sol, do Banco do Nordeste, dedicada exclusivamente ao segmento e com juros atraentes. Mas ela atendeu a apenas 41 pessoas jurídicas, com investimento de R$ 8,2 milhões, em dois meses e meio de operação.

As histórias de quem vem desbravando esse setor, porém, são menos animadoras do que o burburinho em torno da inovação sustentável. Juninho Pernambucano, por exemplo, chegou a desligar seu equipamento há alguns meses, porque a cobrança na sua conta de luz simplesmente se tornou mais alta depois da adesão.

— Estou sendo lesado. Até hoje a Light aproveita a energia que produzo, e eu não tenho como me defender. Continuo pagando conta altíssima.

A Light disse, em nota, que não identificou casos de cobrança indevida, mas reconheceu que, em casos nos quais o cliente iniciou a geração sem a substituição do medidor (geração à revelia), pode ocorrer o funcionamento incorreto dos medidores unidirecionais, o que duplicaria o valor da leitura.

Marcelo Carramaschi, morador de São Conrado, comprou um sistema de geração solar e baterias para tornar seu equipamento mais eficiente contra apagões — sua principal motivação. Ele levou seis meses para conseguir a conexão de seu equipamento à rede da distribuidora, mas entende que a energia que gera é mais barata do que aquela que consome da Light

— A minha conta caiu 80%, mas é uma bagunça — disse o gestor de recursos.

Fonte: Globo.com, por Danilo Fariello 

Nível dos reservatórios baixa e conta de luz pode ficar mais cara

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Bandeira amarela pode voltar a ser adotada a partir de setembro, o que representará uma cobrança de R$ 1,50 para cada 100 kWh.

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Falta chuva em algumas regiões do país. Reservatórios de água em muitos lugares estão baixos e tem um alerta para o consumidor. Aumentou o risco de a conta de luz ficar mais cara a partir de setembro. O nível dos reservatórios baixou e a bandeira amarela pode voltar na conta.

Os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que são responsáveis por 70% do abastecimento em todo o sistema elétrico, estão com 48,48% da capacidade, bem abaixo de 2010, quando a economia crescia 7,5% e os reservatórios estavam 58,53%. O consumo era muito maior do que agora que a economia está em recessão.
O problema é a seca histórica no Nordeste. Hoje, os reservatórios da região Nordeste estão em 21,42%. Em 2010, eram 55,96%. No fim do mês, a Aneel vai decidir se sai a bandeira verde, livre de tarifa extra, para entrar a bandeira amarela, que tem uma cobrança de R$ 1,50 para cada 100 kWh.

Essa taxa extra é cobrada sempre que é preciso acionar as termoelétricas, aquelas usinas que geram energia a custo mais alto, para compensar a escassez de chuva. O Bom Dia Brasil foi ouvir especialistas para explicar por que aumentou a pressão para a volta dessa bandeira amarela.

“Nordeste realmente já está causando alguma preocupação. Então, no horizonte, ele tem que olhar a possibilidade de voltar a bandeira amarela. Melhor ele olhar o horizonte de bandeira amarela do que depois, na frente, ele vir direto com a bandeira vermelha. Como foi o caso no passado, no governo anterior”, explicou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires.

“O consumo de energia elétrica está um pouco maior do que se previa, talvez já o início de uma recuperação. Do outro você tem uma situação, que principalmente no sistema Nordeste está um pouco preocupante, com reservatórios muito baixos. Talvez precise então ser ligadas as térmicas e, aí, isso pode dar um impacto nas bandeiras tarifárias”, afirmou Rafael Kelman,.diretor da PSR Consultoria.

Fonte: g1.globo.com (Bom dia Brasil)

Aneel aprova aumenta na conta de luz

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Conta de energia mais cara para consumidores do Nordeste a partir de 22 abril.

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Reajuste entra em vigor a partir do dia 22 de abril em toda a Bahia (Foto: Mila Cordeiro/A Tarde)

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou na terça-feira (19/04) o aumento das tarifas de energia de quatro distribuidoras que atendem estados do Nordeste. Os reajustes entram em vigor na sexta-feira (22) e atingem consumidores da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Os baianos mal puderam comemorar o anúncio do fim da cobrança extra no sistema de bandeiras tarifárias sobre as contas de energia.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a mesma que deu a boa notícia da bandeira verde no final do mês passado, anunciou a aprovação do reajuste de 10,82% para as contas de consumidores residenciais da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba). Para o segmento industrial, o aumento será de 10,64%. A distribuidora atende 5,7 milhões de consumidores.

Para a Companhia Energética do Ceará (Coelce), que atende 3,4 milhões de consumidores, o aumento médio será de 12,97%. Para residências e comércio, a alta média será de 13,64%. Já para a indústria, a média do aumento será de 11,51%.

O aumento médio das tarifas da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) será de 7,73%. Para os clientes residenciais, a alta média será de 7,78%. Para as indústrias, será um pouco menor, de 7,61%. A distribuidora atende 1,3 milhão de clientes.

Para a Energisa Sergipe, que atende cerca de 735 mil clientes naquele estado, o aumento médio autorizado pela Aneel foi de 5,24%. Os clientes residenciais terão um aumento médio de 5,55%, enquanto a média do aumento para a indústria é de 4,74%.

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Todos os anos, as distribuidoras passam por um processo de reajuste de suas tarifas, que pode levar a aumento ou queda, dependendo do que for apurado pela Aneel.

Em 2015, a agência autorizou altos reajustes devido ao encarecimento da energia no país, provocado pela queda no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país e o uso mais intenso de termelétricas (usinas que geram eletricidade mais cara porque funcionam por meio da queima de combustíveis como óleo e gás).

Fonte: Globo.com (Economia)

Entre em contato com a EcoPlanet Energy:
(71) 2626.3005 ou sac@ecoplanetenergy.com e descobrir como você pode reduzir seus custos de energia e contribuir a preservação do meio ambiente.

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ANEEL autoriza mais aumentos nas contas de luz em 8%

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RATEIO – Parte da CDE, que era paga pelas indústrias, agora será arcada pelo consumidor.

Medida pode ter repasse anual de R$ 1,6 bilhão ao consumidor residencial.

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na quinta-feira (24/09/15) uma nova metodologia de cobrança da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que é um encargo cobrado nas contas de luz. Parte da conta, que até então era paga pelas indústrias, será repassada aos consumidores residenciais, o que pode representar uma alta de até 8% nas contas de luz.

O impacto no bolso do consumidor será sentido quando autorizado o reajuste tarifário anual de cada distribuidora de energia.

A agência se viu obrigada a rever as regras de cobrança da CDE devido a uma decisão judicial que desobrigou as empresas de arcar com os valores, movida pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). A entidade alegou “ilegalidade” no sistema de cobrança atual.

“Não é do meu intento, não é do intento da Aneel, mas a decisão judicial tem que ser cumprida”, disse o relator do processo, André Pepitone da Nóbrega, na reunião da diretoria do órgão que aprovou a nova metodologia.
A Aneel tentou derrubar a liminar, mas teve o primeiro pedido negado pela Justiça. A agência, no entanto, promete seguir na batalha judicial para tentar reverter a decisão.

Repasse de R$ 1,6 bilhão

Pelos cálculos da agência, o cumprimento da decisão judicial levará ao repasse anual de R$ 1,6 bilhão aos consumidores residenciais. Inicialmente, o valor será pago pelas distribuidoras de energia, que poderão repassá-lo aos consumidores por meio de reajustes das tarifas.

Já a indústria fica desobrigada a arcar com os valores de forma retroativa a 3 de julho deste ano, que é a data da obtenção da liminar na Justiça.

Os recursos destinados à CDE compõem um fundo de investimentos para o setor, aplicado, por exemplo, no financiamento de ações do governo, como o programa Luz para Todos e subsídios à tarifa de famílias de baixa renda. O fundo, no valor de R$ 18,9 bilhões ao ano, é gerido pela Eletrobras, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Fonte: Globo G1.globo.com

Reajuste na conta de luz deve ser de 40% em 2015

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Para consumidores de alta tensão, o efeito médio será 48,85%

Os aumentos nas tarifas de energia, aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), não mudaram a expectativa do Ministério de Minas e Energia (MME), da média de reajuste das contas de luz não superarem 40%, em 2015. A informação é do ministro Eduardo Braga, que participou da cerimônia de posse de Vital do Rêgo Filho no Tribunal de Contas da União.

Ministério mantém expectativa de reajuste médio nos preços das contas de luz de, no máximo, 40% em 2015 (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Ministério mantém expectativa de reajuste médio nos preços das contas de luz de, no máximo, 40% em 2015 (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

“Na realidade, o que está acontecendo é que houve alguns reajustes que aconteceram ordinários, anteriores ao processo de renegociação do financiamento” de R$ 17,8 bilhões, feitos por distribuidoras de energia junto a bancos, em 2013, disse o ministro.

Ele acrescentou que para os próximos 12 meses o governo acredita que o impacto dos reajustes será o já divulgado. “Teremos de esperar as compensações desses números nos próximos reajustes para termos o reajuste médio. Continuamos dizendo que, pelos estudos do MME, os reajustes médios serão inferiores a esse número [40%]”, acrescentou. Entre os reajustes anunciados pela Aneel, o da CPFL Jaguari foi o mais alto, com um efeito médio de 45,4%. Para consumidores de alta tensão, o efeito médio será 48,85%.

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Segundo o diretor da agência, Romeu Rufino, esse aumento não indica uma tendência. Ele disse que se trata de uma situação específica de uma distribuidora que vinha cobrando valores mais baixos.os do MME, os reajustes médios serão inferiores a esse número [40%]”, acrescentou. Entre os reajustes anunciados pela Aneel, o da CPFL Jaguari foi o mais alto, com um efeito médio de 45,4%. Para consumidores de alta tensão, o efeito médio será 48,85%.

Sobre a saída da presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, o ministro evitou fazer qualquer comentário. Ela e cinco diretores da empresa renunciaram ao cargo.
O Conselho de Administração da companhia se reúniram na segunda semana do fevereiro 2015 para a escolha dos novos executivos que ficarão no comando da companhia.

Fonte: Correio 24 horas